Uma ideia na cabeça: boné do MST ganha cada vez mais adeptos e é sucesso de vendas
Adereço conquista apoiadores do Movimento e se torna símbolo de resistência e posicionamento político
Sucesso de público e crítica. Assim pode ser definido o boné do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). O já tradicional adereço vermelho (eventualmente encontrado também em outras cores) “furou a bolha” e já é visto em todo tipo de ambiente pelo país.
“É uma forma de dizer ‘eu apoio, é um movimento importante, é um movimento legítimo, que luta pelo cumprimento da Constituição’ que é o que a gente tem que lutar”, pontuou a professora Simone Lisboa.
Na Feira Nacional da Reforma Agrária, evento organizado pelo Movimento em São Paulo neste mês de maio, muita gente comprou, tanto que diversos apoiadores não conseguiram levar seu boné para casa, graças ao sucesso que têm feito: em várias bancas, eles esgotaram.
“Eu trouxe poucos. Teve gente que trouxe mais e também acabou. Felizmente acabou! Não é só um boné pra fazer aba de sombra. Você está levando ali o nome, tem todo um significado e é bom que as pessoas comprem e divulguem cada vez mais o trabalho do MST”, disse Iuri Ribeiro dos Santos, artesão que estava trabalhando na feira.
Em um passeio pelo Parque da Água Branca, onde aconteceu a feira, o Brasil de Fato conversou com várias pessoas que chegaram com seus bonés ou que aproveitaram a visita para comprar. Teve gente que encomendou e fez reserva para não ficar sem.
“Ele representa tudo aquilo que a gente luta: justiça, liberdade, solidariedade, enfim: a possibilidade de a gente alcançar a igualdade. Esse boné para mim ele é tudo! Eu tenho orgulho e sempre estou andando com esse boné”, disse o professor Paulo Maon.
O também professor Ronan Quintão disse que o uso do adereço é importante para a militância colocar uma disputa nas ruas e conquistar mentes e corações “em busca da reforma agrária, da luta contra a desigualdade, da solidariedade, e uma nova forma de organização social, mais fraterna, igualitária, mais justa. É um caminho necessário”.
Edição: Rodrigo Durão Coelho
Fonte: Brasil de Fato