Para derrubar juros, Lula precisa parar de criticar BC e atacar a questão fiscal, dizem interlocutores
10, fevereiro 2023
Interlocutores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva avaliam que ele vem perdendo um tempo precioso para virar o jogo da economia e colher frutos positivos já nas eleições municipais do ano que vem.
Segundo eles, em vez de ficar atacando o Banco Central, Lula precisa enfrentar a questão fiscal – e aproveitar que já há clima favorável a mudanças nessa área, no Congresso.
Esses interlocutores avaliam que, se o governo enviasse a proposta do novo arcabouço fiscal ao Congresso imediatamente, os juros poderiam cair no segundo semestre, ou até antes. A nova regra fiscal vai substituir o atual teto de gastos, que limita as despesas do governo.
Se a proposta for aprovada e os juros caírem, o país tende a crescer mais em 2024 – um ano importante para o PT e os partidos aliados, quando são disputadas as prefeituras do país.
Por enquanto, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem prometido encaminhar a proposta de âncora fiscal ao Congresso em abril, o que sinalizaria um compromisso com o controle das contas e a redução da dívida pública.
Aliados de Lula têm defendido que ele antecipe o envio da proposta para o início de março, acelerando a sua votação.
Lula eleva ataques a Campos Neto enquanto governo e BC acenam com trégua
Empresários concordam
Entre empresários, a mesma avaliação é feita. Eles até concordam com as críticas do presidente Lula aos juros altos, hoje em 13,75% ao ano, mas destacam que ele acerta no conteúdo, mas erra na forma.
As críticas públicas ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, acabam gerando instabilidade e incertezas na economia.
Um empresário disse ao blog que Lula está perdendo tempo ao ficar criticando o BC, em vez de fazer a sua parte, que é mostrar na prática que irá cumprir o seu discurso, de que vai governar com responsabilidade fiscal.
Ele até compreende e diz compartilhar da angústia do presidente, mas avalia que isso não resolve o problema e, pelo contrário, pode agravá-lo.
Neste ano, as previsões apontam para um crescimento abaixo de 1%.
No ano que vem, em meio à eleição municipal, as previsões apontam também para um crescimento pequeno – cenário que pode mudar se a economia entrar nos eixos.
E isso passa necessariamente pela área fiscal. Um aliado de Lula diz que o presidente não pode ficar usando a responsabilidade social, essencial neste momento do país, para justificar suas críticas ao BC.
Segundo eles, em vez de ficar atacando o Banco Central, Lula precisa enfrentar a questão fiscal – e aproveitar que já há clima favorável a mudanças nessa área, no Congresso.
Esses interlocutores avaliam que, se o governo enviasse a proposta do novo arcabouço fiscal ao Congresso imediatamente, os juros poderiam cair no segundo semestre, ou até antes. A nova regra fiscal vai substituir o atual teto de gastos, que limita as despesas do governo.
Se a proposta for aprovada e os juros caírem, o país tende a crescer mais em 2024 – um ano importante para o PT e os partidos aliados, quando são disputadas as prefeituras do país.
Por enquanto, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem prometido encaminhar a proposta de âncora fiscal ao Congresso em abril, o que sinalizaria um compromisso com o controle das contas e a redução da dívida pública.
Aliados de Lula têm defendido que ele antecipe o envio da proposta para o início de março, acelerando a sua votação.
Lula eleva ataques a Campos Neto enquanto governo e BC acenam com trégua
Empresários concordam
Entre empresários, a mesma avaliação é feita. Eles até concordam com as críticas do presidente Lula aos juros altos, hoje em 13,75% ao ano, mas destacam que ele acerta no conteúdo, mas erra na forma.
As críticas públicas ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, acabam gerando instabilidade e incertezas na economia.
Um empresário disse ao blog que Lula está perdendo tempo ao ficar criticando o BC, em vez de fazer a sua parte, que é mostrar na prática que irá cumprir o seu discurso, de que vai governar com responsabilidade fiscal.
Ele até compreende e diz compartilhar da angústia do presidente, mas avalia que isso não resolve o problema e, pelo contrário, pode agravá-lo.
Neste ano, as previsões apontam para um crescimento abaixo de 1%.
No ano que vem, em meio à eleição municipal, as previsões apontam também para um crescimento pequeno – cenário que pode mudar se a economia entrar nos eixos.
E isso passa necessariamente pela área fiscal. Um aliado de Lula diz que o presidente não pode ficar usando a responsabilidade social, essencial neste momento do país, para justificar suas críticas ao BC.
Fonte: G1