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Mercado Livre de Energia deve chegar às residências em 2028

9, março 2023

Com a mudança, consumidores escolhem as geradoras e matrizes energéticas e podem reduzir em até 18% o valor da conta de luz. Inteligência Financeira
Divulgação
Para metade dos brasileiros, a conta de energia elétrica foi uma das maiores despesas domésticas em 2022. Cerca de 70% da população passou a economizar, e 56% dela deixou de comprar algum item para pagar a conta de luz. Esses dados foram extraídos de uma pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha a pedido da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia, a Abraceel.
Embora os números comprovem a “mordida” cada vez maior que o setor aplica no bolso do brasileiro, existe uma esperança: a portabilidade da energia. Uma realidade para os gigantes da indústria e do comércio há cerca de 20 anos e que em 2024 chega a todos os consumidores de alta tensão (31 mil unidades consumidoras, ou 0,03% do total nacional). A abertura foi concedida pelo Ministério de Minas e Energia (MME) por meio da Portaria Nº 690 e determina que residências, zona rural e pequenos estabelecimentos sejam contemplados pela política em 2028.
Consumidores livres
No Mercado Livre de Energia, usuários deixam de ser “cativos” (sujeitos a tarifas e ajustes estabelecidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL) e se tornam livres. A exemplo do que aconteceu com a abertura do setor de telefonia em 1997, cada cliente escolhe a empresa de energia com a qual quer se relacionar. Pode decidir a matriz energética geradora (se renovável, como energia solar e eólica) e seu pacote de consumo mensal. Um detalhe interessante é que, diferentemente do que acontece com o pacote de dados da internet, a energia elétrica excedente pode ser comercializada como um ativo. Ou seja, além de economizar na conta, ainda é possível rentabilizar com esse mercado.
Sim, economia é o grande diferencial da comercialização livre de energia. Como em toda concorrência, diversos fornecedores vendem o seu “peixe” e o consumidor escolhe o mais “vistoso”. Não há fidelização e tudo é tratado sem intermediários. O que permanece é a relação com a distribuidora de energia, que continua sendo local. A conta continua chegando todos os meses, mas são cobrados apenas impostos, taxas de iluminação pública, serviços de manutenção da rede de distribuição e demais encargos.
Outra vantagem é que não há bandeiras tarifárias. Segundo Aneel, essas bandeiras são o sistema que sinaliza aos consumidores os custos reais da geração de energia elétrica. As cores verde, amarela e vermelha indicam se a energia custará mais ou menos, em função das condições de geração de eletricidade. No caso da energia livre, mesmo com variações nos reservatórios ou em condições climáticas adversas, o valor a ser cobrado é sempre o acordado.
Economia na indústria e no comércio
De acordo com a Abraceel, só em 2022, os consumidores livres deixaram de gastar R$ 41 bilhões com energia elétrica. Em 20 anos, “a contratação livre propiciou R$ 339 bilhões de redução acumulada de gastos”, afirmou a associação em recente comunicado à imprensa. No consumo doméstico e de pequeno porte, a previsão, ainda segundo a entidade, é uma redução no preço do valor da conta de até 18%. Uma economia aguardada por 66% dos brasileiros que querem, segundo a pesquisa do Datafolha, encontrar a geradora de energia ideal para dar match com seu orçamento.
Para se inteirar sobre o mercado livre de energia e outras novidades que influenciam seu bolso, conheça inteligenciafinanceira.com.br.

Fonte: G1