Imaginarium, Puket, Submarino e mais: veja todas as marcas de que a Americanas é dona
18, janeiro 2023
Empresa é dona de marcas como Imaginarium, Puket e Natural da Terra. Vista parcial interior das Lojas Americanas do Shopping Iguatemi, zona sul da cidade de São Paulo.
Mônica Zarattini/Estadão Conteúdo/Arquivo
Na última semana, um escândalo envolvendo a Americanas veio à tona: a marca, bastante popular entre os brasileiros, divulgou um fato relevante informando que encontrou “inconsistências contábeis em seus balanços”, em um rombo estimado em R$ 20 bilhões. De lá para cá, as ações da companhia despencaram e a empresa perdeu quase todo seu valor de mercado.
Mas não é só a Lojas Americanas a impactada pelo rombo bilionário e todos os problemas que vieram (e ainda virão) por conta dos erros na contabilidade da companhia. A Americanas é dona de uma grande gama de marcas que vai de lojas de itens para casa à fintechs.
Confira todas as marcas que fazem parte do portfólio da Americanas:
Imaginarium: loja de presentes, com itens variados e inspirados em elementos da cultura popular, bastante popular entre o público mais jovem;
Puket: loja de variedades, como pijamas, mochilas e roupas de praia, caracterizada por estampas coloridas e desenhadas;
Love Brands: rede de franquias que une produtos de quatro marcas – Imaginarium, Puket, Balone (loja de bijuterias) e Chlli Beans (marca de óculos). Love Brands, Puket e Imaginarium formam o Grupo Uni.co, comprado pela Americanas em 2021;
Submarino: plataforma de e-commerce, atualmente uma das maiores do Brasil;
Natural da Terra: rede varejista de hortifruti;
Ame: fintech
Ame Go: loja autônoma, onde o cliente compra sem contato com vendedores e outros profissionais do comércio;
Shoptime: varejista de itens para casa com diversos canais de atendimento, com aplicativo, site e canal na televisão;
Local: lojas de conveniência da marca Americanas;
Let’s: plataforma de logística do grupo;
+AQUI: central de serviços para clientes da Americanas;
Vem Conveniência: empresa de gestão de negócios de conveniência, parceria da Americanas com a Vibra Energia;
Americanas.com: e-commerce da Americanas;
Lojas Americanas: lojas físicas da Americanas;
Americanas Express: lojas físicas da Americanas em versão menor e com menos produtos disposníveis;
Americanas Empresas: e-commerce da Americanas focado nos negócios de empresa para empresa.
Na terça-feira (17), a Americanas divulgou um comunicado ao mercado em que respondia questionamentos feitos pela B3 e pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) sobre a possível venda de ativos, rumor que surgiu no mercado como possível alternativa para que a empresa possa capitalizar.
Segundo a empresa, ainda “não existe nenhum fato ou documento vinculante que mereça divulgação” sobre o assunto.
“[A companhia] confirma que está avaliando diversas oportunidades e informa que permanecerá normalmente com suas atividades comerciais, operacionais e administrativa”, acrescentou em nota oficial.
LEIA TAMBÉM
Americanas já perdeu R$ 64 bilhões em valor de mercado desde sua máxima histórica, em agosto de 2020
Por que o caso Americanas fez clientes do Nubank perderem dinheiro?
Rombo na Americanas: quem perdeu e quem ganhou com prejuízos que devem render batalha na Justiça
Entenda o que aconteceu com a Americanas
A Americanas publicou um fato relevante na última quarta-feira (11), dizendo que foram identificadas “inconsistências em lançamentos contábeis” no balanço, em valor que chega a R$ 20 bilhões nas primeiras estimativas.
Em outras palavras, a empresa percebeu que o valor bilionário — que é referente aos primeiros nove meses de 2022 e anos anteriores — não havia sido registrado de forma apropriada nos balanços corporativos da empresa.
LEIA MAIS
ENTENDA O CASO: Americanas desaba na bolsa após descoberta de rombo de R$ 20 bilhões
GLOSSÁRIO: Entenda termos como ‘forfait’, ‘covenants’ e ‘debêntures’
HISTÓRICO: Americanas foi de lojinha de rua a império varejista
Como consequência, Sérgio Rial, que tinha acabado de assumir a presidência da companhia, renunciou ao cargo.
O rombo ocorreu por meio de uma operação conhecida como “risco sacado”. Essa é uma linha de crédito que envolve a empresa, seus fornecedores e instituições financeiras.
Nessa operação, uma companhia que precisa pagar seus fornecedores entra em contato com uma instituição financeira que, por meio de um acordo, libera o montante necessário para o pagamento.
É como se a própria instituição financeira pagasse a conta. A companhia, por sua vez, zera sua dívida com os fornecedores e passa a dever para o banco — e, claro, com a cobrança de juros.
No caso da Americanas, pelo que se sabe até o momento, houve uso do risco sacado nas negociações da empresa, mas as operações não foram registradas de forma correta nos balanços contábeis. Isso gerou dúvidas sobre a solvência da companhia e seu grau de endividamento, trazendo insegurança aos investidores.
Ao divulgar o fato relevante, a empresa afirmou estimar que “o efeito caixa dessas inconsistências seja imaterial”. Assim, o rombo teria apenas um efeito contábil, e não financeiro.
No sábado (14), porém, a companhia divulgou um comunicado informando que a Justiça concedeu uma Tutela de Urgência Cautelar que determina, entre outras medidas, a interrupção de quaisquer cláusulas contratuais que imponham o pagamento antecipado de dívidas da empresa e a incidência de juros durante esse período. Na decisão, o juiz diz que a dívida da Americanas pode chegar a R$ 40 bilhões.
Fonte: G1