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Haddad diz que integração da América Latina e aposta em energia limpa são necessários para crescimento regional

18, janeiro 2023

Ministro está em Davos, na Suíça, onde ocorre o Fórum Econômico Mundial. Haddad fala em Davos
Reprodução
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta (18) que integração da América Latina e a produção de energia limpa são elementos chave para atrair investimento externo e promover o crescimento da região.
O ministro deu a declaração em um painel sobre liderança na América Latina em Davos, na Suíça, onde ocorre o Fórum Econômico Mundial. O Brasil é representado no fórum por Haddad e pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.
O Brasil foi classificado, pela apresentadora do painel, como um agente condutor do desenvolvimento econômico da região após um período difícil com crescimento lento e inflação alta.
Segundo o ministro, a integração internacional foi justamente determinante para que o Brasil conseguisse crescer “1,5 vez mais que a média mundial durante os 8 anos dos governos Lula”. E é essa integração que pode tornar os países da região fortes e competitivos 20 anos depois e promover a “reindustrialização” das economias.
“Eu penso que a integração dos nossos mercados para ganhos de escala consideráveis seja um outro elemento importante para atrair investimentos externos de acordo compatíveis com as nossas necessidades de oferecer empregos de mais alta qualidade para os nossos trabalhadores.”
Para o ministro, a América Latina precisa se unir para fazer frente a grandes blocos econômicos, como Estados Unidos, Europa e China. Essa integração, para ele, vai além dos acordos de livre comércio: passa também por infraestrutura, acordos comerciais e ampliação do Mercosul.
“Então não é só investimento em educação que precisa ser feito, mas um tipo de investimento do qual nossa região tem um déficit importante. E para isso, a escala de mercados não é trivial, é uma questão central. Se nós não pensarmos em formas de integração regional, vamos ter muita dificuldade de decolar”, afirmou o ministro.
Haddad destacou, ainda, o papel da energia limpa como uma das vantagens competitivas da região em relação ao mundo.
“Ela não é facilmente transportável, e isso pode ser uma vantagem não só por interligar as Américas com linhas de transmissão, mas pode ser um fator determinante para atração de empresas e indústrias que queriam produzir a partir de energia limpa, para que toda a sua cadeia produtiva esteja em compasso com as determinações ambientais que hoje são incontornáveis”, explicou.
Na terça (17), ele havia falado sobre política fiscal. Segundo Haddad, a equipe econômica vai apresentar uma nova proposta de regra fiscal, em substituição ao teto de gastos, para o Congresso até abril, “no máximo”. O ministro também afirmou que é possível zerar o déficit nas contas do governo em até dois anos.

Fonte: G1