Febre maculosa: veterinária explica como tirar carrapato com segurança
O aumento no número de casos da febre maculosa, doença transmitida por um tipo de carrapato, alerta sobre os cuidados com o parasita
Ao explorar áreas rurais, seja para um rápido passeio, seja para uma estadia mais longa, muitas pessoas acabam voltando para a casa com uma “surpresinha” no corpo. Pode até parecer uma mancha à primeira vista, mas é só observar a pele mais de perto para notar a presença de um carrapato.
Na última semana, o estado de São Paulo entrou em alerta após a morte de três pessoas por febre maculosa, doença transmitida pelo carrapato Amblyomma, conhecido popularmente como carrapato-estrela. Por isso, é importante saber como prevenir e o que fazer para se livrar do parasita sem colocar a saúde em risco.
De acordo com a veterinária Tatiana Brasil, o carrapato pode chegar aos humanos por meio do contato com áreas verdes ou animais infectados. “Cavalos, bois, vacas e capivaras são os principais hospedeiros. Porém, os cães também podem trazer o carrapato para a casa quando passeiam em locais de mata”, elucida a profissional ao Metrópoles.
A orientação da especialista para evitar contato com o carrapato em chácaras, fazendas ou parques é optar por roupas compridas. “Utilize calça, blusa de manga longa e sapato fechado. Ainda dê preferência a roupas claras, pois será mais fácil a identificação e a retirada de possíveis bichos”, recomenda.
Ela também indica inspecionar todo o corpo após o passeio para tentar identificar eventuais picadas. O ideal é se cuidar bem e manter os animais de estimação com o controle de pulgas e carrapatos em dia.
Como tirar o carrapato com segurança
Infelizmente, há casos em que não é possível evitar o contato com o parasita, o que facilita as chances de picada. Segundo a veterinária Tatiana, é preciso ter calma para retirar o carrapato da pele, evitando ao máximo esmagá-lo para não espalhar as bactérias do aracnídeo pelo corpo.
“Caso identifique um carrapato grudado em você, tire-o com a ajuda de uma pinça, delicadamente. Mergulhe o carrapato no álcool e o jogue no vaso sanitário. Jamais esmague-o com a unha, pois é na saliva do carrapato que se encontra a bactéria causadora da febre maculosa”, explica.
Carrapato-estrela, uma das espécies que transmite a febre maculosa
Em seguida, a especialista orienta lavar bem a pele com água e sabão, além de procurar ajuda médica. “A realização de exames sanguíneos são extremamente importantes para o diagnóstico correto. Quanto antes iniciar o tratamento, maiores são as chances de cura”, frisa.
No Distrito Federal, a doença é considerada rara. Nenhum caso é registrado há três anos. Porém, vale ressaltar a importância de se manter vigilante e tomar precauções, sobretudo ao visitar áreas rurais — onde o carrapato é mais comum.
Fonte: Metrópoles