Publicidade

Dólar tem volatilidade nesta quinta-feira

9, março 2023

Na véspera, a moeda norte-americana caiu 1,04%, cotada a R$ 5,1391. Notas de dólar
pasja1000/Creative Commons
O dólar operava sem direção única nesta quinta-feira (9), oscilando entre altas e baixas na medida em que investidores repercutem dados econômicos dos Estados Unidos e sinais de avanço do novo arcabouço fiscal no Brasil.
Às 12h33, a moeda norte-americana caía 0,07%, cotada a R$ 5,1351. Na mínima, chegou a bater R$ 5,1103. Veja mais cotações.
Na véspera, o dólar fechou em queda de 1,04%, cotada a R$ 5,1391. Com o resultado, a moeda passou a acumular perdas de 1,64% no mês e de 2,63% no ano.
LEIA TAMBÉM:
ENTENDA: O que faz o dólar subir ou cair em relação ao real
COMERCIAL X TURISMO: qual a diferença entre a cotação de moedas estrangeiras e por que o turismo é mais caro?
DÓLAR: Qual o melhor momento para comprar a moeda?
DINHEIRO OU CARTÃO? Qual a melhor forma de levar dólares em viagens?
O que está mexendo com os mercados?
O mercado segue atento ao cenário de juros nos Estados Unidos, conforme dados econômicos do país reforçam a perspectiva que o Fed deve continuar elevando as taxas de juros para tentar conter a inflação na maior economia do mundo.
Na agenda de hoje estava a publicação dos pedidos de seguro-desemprego nos EUA na semana passada. Houve alta de 21 mil solicitações na última semana, encerrada em 4 de março, em relação ao período anterior, chegando a 211 mil pedidos, segundo o Departamento do Trabalho.
O número veio acima do consenso projetado por analistas consultados pelo “The Wall Street Journal”, de 195 mil. Os pedidos da divulgação anterior não foram revisados e continuaram em 190 mil. A média móvel de quatro semanas fechou em 197.000 pedidos, um aumento de quatro mil solicitações em relação ao último recorte.
Nesta semana, o presidente do BC norte-americano, Jerome Powell, afirmou que a autarquia pode revisar o ponto final de parada do aumento de juros no país. O discurso aumentou a percepção de que o Fed poderá elevar sua taxa básica de juros em 0,50 ponto percentual (p.p.) na próxima reunião, e não em 0,25 p.p.
Ainda nos EUA, investidores também repercutiram dados de abertura de vagas referentes a janeiro e a divulgação do Livro Bege do Fed — relatório que reúne visões dos contatos do BC norte-americano em cada um dos doze distritos dos EUA.
O documento apontou que a economia do país cresceu e que o mercado de trabalho e a inflação continuam fortes no país, o que também reforça a perspectiva de novas altas de juros pelo Fed.
Juros mais altos nos Estados Unidos elevam a rentabilidade dos títulos públicos do país, que são considerados os mais seguros do mundo. Isso favorece o dólar frente a outras moedas e impacta principalmente países emergentes, como o Brasil.
Na China, a inflação anual ao consumidor da China desacelerou para a taxa mais baixa em um ano em fevereiro, com os consumidores ainda cautelosos apesar do abandono dos fortes controles contra a pandemia no final de 2022.
Combinados com a persistência da deflação do produtor, também divulgada nesta quinta-feira, os dados mostraram que a pressão de preços não se tornou um obstáculo para mais ações do governo buscando sustentar a recuperação econômica da depois da Covid-19, disseram analistas.
Nos indicadores nacionais, o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) registrou deflação de 0,20% na primeira prévia de março, vindo de baixa de 0,23% na mesma leitura do mês anterior e de recuo de 0,06% no encerramento de fevereiro, informou o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre).
LEIA MAIS
Serviços sustentam alta do PIB, com turismo puxando recuperação de atividades arruinadas pela pandemia
Juros elevados já reduziram o PIB do 4º trimestre e complicam 2023, dizem economistas
MÍRIAM LEITÃO: ‘O governo Bolsonaro entregou para o governo Lula já desacelerando’
Initial plugin text

Fonte: G1