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CVM abre novos processos e cria força-tarefa para investigar caso Americanas

20, janeiro 2023

Número de procedimentos abertos pela autarquia subiu de cinco para sete. Responsáveis poderão ser responsabilizados em caso de infrações. Americanas é um dos principais varejistas do país
Reuters
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM), autarquia responsável pela regulação do mercado de capitais no Brasil, anunciou nesta quinta-feira (19) a criação de uma força-tarefa para apurar possíveis irregularidades envolvendo o rombo de R$ 20 bilhões da Americanas.
De acordo com a CVM, o número de processos abertos para investigação do caso subiu de cinco para sete. A força-tarefa será composta por diversas superintendências da autarquia, entre elas a de Relações com Empresas (SEP) e a de Relações com o Mercado e Intermediários (SMI).
Os processos administrativos abertos vão apurar:
eventuais irregularidades envolvendo informações contábeis;
eventuais irregularidades na divulgação de notícias, fatos relevantes e comunicados;
eventuais irregularidades nas negociações com ativos de emissão da companhia;
denúncias recebidas pelos canais de atendimento da CVM;
a conduta da companhia, acionistas de referência e administradores;
a atuação de intermediários no processo de ofertas públicas envolvendo ativos da companhia;
a atuação das agências de classificação de risco de crédito em relação à Americanas.
“Após a investigação e apuração de fatos e eventos, caso venham a ser formalmente caracterizados ilícitos e/ou infrações, cada um dos responsáveis poderá ser devidamente responsabilizado com o rigor da lei e na extensão que lhe for aplicável”, informou, em nota, a CVM.
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A autarquia também afirmou que tem o apoio da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público Federal (MPF), além de estar “em constante diálogo com a Advocacia-Geral da União, notadamente a PRF2, a fim de coordenar eventual atuação conjunta em juízo”.
Entenda o caso
O escândalo contábil da Americanas começou na semana passada, quando a empresa informou que havia descoberto “inconsistências em lançamentos contábeis” no valor de R$ 20 bilhões.
Com isso, o então presidente da companhia, Sergio Rial, e o diretor de relações com investidores, André Covre, decidiram deixar a companhia, menos de dez dias após serem empossados.
Desde então, a companhia viu as ações derreterem na bolsa de valores brasileira, perdendo mais de R$ 8 bilhões em valor de mercado em apenas dois dias. Veja a cronologia dos fatos.

Fonte: G1