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China reabilita três frigoríficos do Brasil e Indonésia abre 11, diz ministro

18, janeiro 2023
Carlos Fávaro deu as declarações após se reunir com o presidente Lula no Palácio do Planalto. O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, disse nesta terça-feira (18) que a China reabilitou três plantas frigoríficas brasileiras a exportar proteína animal para o mercado chinês.
De acordo com o ministro, outras 11 plantas brasileiras também foram habilitadas pela Indonésia para exportação.
Fávaro deu as declarações após se reunir com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na tarde desta terça no Palácio do Planalto.
O ministro afirmou que apresentou as informações ao presidente. O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, disse que o presidente pediu para que as informações fossem divulgadas.
Duas das três plantas frigoríficas liberadas para vender carne aos chineses são de carne de aves. A outra é de proteína bovina. As empresas autorizadas são as seguintes:
Belo Alimentos, de Itaquiraí (MS) – abatedouro de aves
São Salvador Alimentos, de Itaberaí (GO) – abatedouro de aves
JBS S/A, de Mozarlândia (GO) – abatedouro de bovinos
Ainda de acordo com Fávaro, pode haver a habilitação para a exportação de carne para a China de outras oito plantas frigoríficas após as comemorações do ano novo chinês, em 20 de janeiro.
Na Indonésia, que teve o mercado para proteína animal do Brasil aberto em 2019, são 11 habilitações para exportação de carne bovina. O país do sudeste asiático importou 20,6 mil toneladas de carnes do Brasil em 2022, segundo números do Mapa, com valor total de US$ 110,4 milhões.
Suspensões em 2022
No ano passado, a China suspendeu temporariamente a importação de carne proveniente de alguns frigoríficos brasileiros.
Em abril de 2022, o país asiático decidiu suspender por uma semana as importações de três frigoríficos do Brasil alegando ter identificado a presença de ácido nucleico do coronavírus na parte externa de embalagens congeladas.
Porém, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o coronavírus não consegue ser transmitido por meio dos alimentos.
No mês seguinte, a China anunciou mais uma suspensão de importação, atingindo quatro frigoríficos de carne bovina, mas sem explicar os motivos do bloqueio temporário.
Produção sustentável
Carlos Fávaro também afirmou que participará da Semana Verde Internacional de Berlim, uma feira internacional realizada anualmente na capital da Alemanha, para processadores e comerciantes da agricultura, horticultura e diversas indústrias alimentícias.
Segundo ele, Lula pediu que o ministro passe a mensagem de que o Brasil continuará a produzir alimentos para atender à demanda global, mas de forma sustentável.
Fávaro afirmou que terá reuniões com adidos do governo brasileiro na Europa. A intenção, segundo o ministro, é intensificar esforços para a abertura do mercado europeu para a proteína animal produzida no Brasil.
Algodão egípcio
Durante a declaração, o ministro também afirmou que o Brasil passará a exportar algodão em pluma de fibra média para o Egito, um dos países produtores de algodão mais reconhecidos no mercado mundial do produto.
Segundo informações do Mapa, as negociações para a abertura do mercado para o algodão brasileiro foram iniciadas em 2006 e intensificadas a partir de 2020. De acordo com o ministério, o Brasil tem condições de atender, a princípio, entre 20% e 25% da demanda egípcia.

Fonte: G1