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Bruno Serra Fernandes deixa cargo de diretor do Banco Central 

27, março 2023

Fernandes foi exonerado do cargo a pedido de Lula e Rodolfo Fróes deve assumir a cadeira. Para tomar posse, o nome precisa passar por uma sabatina no Senado e ser aprovado pelo plenário da Casa. Lula travou embates com o Banco Central por criticar o atual patamar dos juros. Sede do Banco Central em Brasília. Foto tirada de 05 de julho de 2022.
Raphael Ribeiro/BCB
O diretor de Política Monetária do Banco Central (BC), Bruno Serra Fernandes, foi exonerado do cargo na última sexta-feira (24). A saída do posto foi feita a pedido do presidente da República, Lula (PT), apontou o Diário Oficial da União (DOU), publicado nesta segunda (27).
Segundo Ana Flor, colunista do g1 e da GloboNews, o substituto deve ser Rodolfo Fróes. Ele, porém, até a publicação desta matéria, não foi nomeado para o cargo.
Exoneração de Bruno Serra Fernandes da Diretoria de Política Monetária do Banco Central (BC)
Reprodução / Diário Oficial da União
Em 21 de março, Lula aprovou as indicações que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fez para duas diretorias do BC:
Rodolfo Fróes para a Diretoria de Política Monetária;
Rodrigo Monteiro, que é servidor do Banco Central, para a Diretoria de Fiscalização.
Na ocasião, assessores de Lula disseram que os anúncios deveriam ocorrer depois da viagem do presidente à China – que estava marcada para este final de semana, mas não ocorreu porque o presidente foi diagnosticado com pneumonia leve.
Para assumirem os cargos de diretores, não basta apenas a indicação do presidente. Os nomes sugeridos devem passar por uma sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado e ser aprovado pelo plenário da Casa.
Embates com o BC
Embora Lula já tenha conversado com os dois indicados, o presidente pode sofrer pressões para trocar os nomes até o anúncio oficial.
Nos últimos meses, Lula tem travou embates com o Banco Central. Ele critica a manutenção da taxa básica de juros da economia em 13,75% e dirige suas insatisfações ao presidente da instituição, Roberto Campos Neto.
Desde 2021, o BC é autônomo, ou seja: o presidente do BC tem mandato e não pode mais ser demitido pelo presidente da República.
Por isso, as indicações para as diretorias do Banco Central, prerrogativas do presidente, são uma maneira de Lula colocar nomes mais alinhados ao governo dentro do BC.

Fonte: G1