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Aprovado na Câmara, marco fiscal é desconhecido por 77% da população

24, maio 2023
camara

Segundo levantamento do Paraná Pesquisas, apenas 5,9% dizem conhecer bem o projeto do marco fiscal; 77,5% veem juros como problema no país

O projeto do novo marco fiscal, que deve substituir o teto de gastos e cujo texto-base foi aprovado na noite de terça-feira (23/5) pela Câmara dos Deputados, é ignorado pela grande maioria da população brasileira. É o que mostra um levantamento divulgado pelo Paraná Pesquisas.

De acordo com a sondagem, 76,9% dos entrevistados dizem que não conhecem ou nunca ouviram falar da proposta apresentada pela equipe econômica do governo, que passou no primeiro teste no Congresso Nacional.

Somente 23,1% dizem conhecer o marco fiscal: 17,2% apenas “ouviram falar” no projeto, enquanto 5,9% afirmam conhecer bem a proposta. O texto recebeu 372 votos favoráveis no plenário da Câmara e foi rejeitado por 108 deputados.

Os destaques à proposta devem ser votados nesta quarta-feira (24/5), novamente na Câmara, e depois o projeto será encaminhado para o Senado.

Taxa de juros

O Paraná Pesquisas também perguntou aos entrevistados o que achavam da taxa básica de juros (Selic), atualmente em 13,75% ao ano.

Questionados se os juros eram um problema para a economia brasileira, 77,5% disseram que sim. Para 46,2%, os juros são “um problema”, enquanto 31,3% disseram se tratar de um “grande problema”.

Para 8,6% dos entrevistados, os juros a 13,75% ao ano não são um problema para a economia, enquanto 13,9% não souberam ou não responderam.

A pesquisa também perguntou se a situação financeira melhoraria com uma eventual redução da taxa de juros. Segundo 71% dos entrevistados, a resposta é positiva. Para 19,3%, a situação permaneceria a mesma, enquanto 3,2% disseram que pioraria e 6,5% não souberam ou não responderam.

A pesquisa

O Paraná Pesquisa entrevistou 2.023 pessoas de 16 anos ou mais em 164 cidades dos 26 estados do país e mais o Distrito Federal. A pesquisa foi realizada entre os dias 16 e 21 de maio. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos, com grau de confiança de 95%.

Fonte: Metrópoles