Americanas pede extensão nos EUA dos efeitos da recuperação judicial no Brasil
25, janeiro 2023
Empresa quer proteger ativos nos EUA após pedido de recuperação judicial já feito no Brasil. A Americanas pediu nesta quarta-feira (25) nos Estados Unidos uma extensão dos efeitos de proteção assegurados em seu processo de recuperação judicial no Brasil, em um processo conhecido como “Chapter 15”, de acordo com um documento judicial.
Segundo o documento, “os diretores aprovaram, por unanimidade, a apresentação do pedido de recuperação judicial da Companhia nos Estados Unidos da América (Chapter 15), estendendo os efeitos –incluindo também a proteção oferecida– da recuperação judicial da Companhia e das suas subsidiárias… perante a 4ª Vara Empresarial da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro…, conforme aplicável, aos Estados Unidos da América”.
A companhia disse à Reuters que o documento não representa um pedido de recuperação judicial naquele país.
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Em 19 de janeiro, a gigante do varejo brasileiro entrou com um pedido de recuperação judicial na 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro. A requisição, feita em caráter de urgência, serve para manter a solvência da empresa apenas oito dias depois da descoberta de um rombo contábil de R$ 20 bilhões em seus balanços corporativos.
Na mesma data, a companhia comunicou que mantém apenas R$ 800 milhões em caixa, o que torna a operação insustentável. A título de comparação, o valor é significativamente menor do que os R$ 8,6 bilhões reportados no terceiro trimestre de 2022.
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Crise
A ‘crise’ nas Americanas começou no dia 11 de janeiro, quando a empresa divulgou um fato relevante informando que havia identificado “inconsistências em lançamentos contábeis” nos balanços corporativos, em um valor que chegaria a R$ 20 bilhões.
Em outras palavras, a Americanas percebeu que o valor bilionário — que é referente aos primeiros nove meses de 2022 e anos anteriores — não havia sido registrado de forma apropriada.
Além disso, o texto informou que o presidente da companhia, Sergio Rial, deixou o cargo apenas 9 dias depois de assumir. O diretor financeiro da empresa, André Covre, também renunciou — ele havia tomado posse junto a Rial.
Credores
Nesta quarta-feira a Americanas entregou à Justiça sua lista de credores, com débitos totais de R$ 41.235.899.286,62, e 7.967 nomes. Entre os que têm valores a receber, estão bancos, fabricantes de brinquedos, editoras de livros e até a auditora dos balanços da própria empresa.
Segundo o documento, “os diretores aprovaram, por unanimidade, a apresentação do pedido de recuperação judicial da Companhia nos Estados Unidos da América (Chapter 15), estendendo os efeitos –incluindo também a proteção oferecida– da recuperação judicial da Companhia e das suas subsidiárias… perante a 4ª Vara Empresarial da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro…, conforme aplicável, aos Estados Unidos da América”.
A companhia disse à Reuters que o documento não representa um pedido de recuperação judicial naquele país.
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Na mesma data, a companhia comunicou que mantém apenas R$ 800 milhões em caixa, o que torna a operação insustentável. A título de comparação, o valor é significativamente menor do que os R$ 8,6 bilhões reportados no terceiro trimestre de 2022.
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A ‘crise’ nas Americanas começou no dia 11 de janeiro, quando a empresa divulgou um fato relevante informando que havia identificado “inconsistências em lançamentos contábeis” nos balanços corporativos, em um valor que chegaria a R$ 20 bilhões.
Em outras palavras, a Americanas percebeu que o valor bilionário — que é referente aos primeiros nove meses de 2022 e anos anteriores — não havia sido registrado de forma apropriada.
Além disso, o texto informou que o presidente da companhia, Sergio Rial, deixou o cargo apenas 9 dias depois de assumir. O diretor financeiro da empresa, André Covre, também renunciou — ele havia tomado posse junto a Rial.
Credores
Nesta quarta-feira a Americanas entregou à Justiça sua lista de credores, com débitos totais de R$ 41.235.899.286,62, e 7.967 nomes. Entre os que têm valores a receber, estão bancos, fabricantes de brinquedos, editoras de livros e até a auditora dos balanços da própria empresa.
Fonte: G1