Americanas afasta diretores durante investigações sobre rombo contábil
4, fevereiro 2023
Empresa diz que decisão não representa ‘qualquer antecipação de juízo’; além dos diretores, conselho de administração também afastou três executivos de suas funções. Foto de 13 de janeiro de 2023 de unidade das Lojas Americanas no Centro do Rio de Janeiro
Mauro Pimentel/AFP
A Americanas informou nesta sexta-feira (3) que seu conselho de administração decidiu afastar três diretores durante as apurações do rombo contábil de cerca de R$ 20 bilhões revelado pela companhia no mês passado.
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A empresa afastou Anna Saicali, que comandava a Ame Digital; Timotheo Barros, diretor de lojas físicas, logística e tecnologia; e Marcio Cruz, diretor de digital, consumo e marketing.
De acordo com a Reuters, os três faziam parte do mais alto escalão da companhia, que engloba ainda o atual presidente-executivo, João Guerra, que assumiu após a revelação das inconsistências contábeis, e a diretora financeira de relações com investidores, Camille Loyo Faria, também contratada depois a crise vir à tona.
Além disso, os executivos Fábio da Silva Abrate, Flávia Carneiro e Marcelo da Silva Nunes também foram afastados. Segundo a nota divulgada pela companhia, a decisão não representa “qualquer antecipação de juízo” sobre a responsabilidade dos afastados.
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Entenda o caso
A Americanas viu suas ações derreterem no mercado acionário e enfrenta uma série de processos de investigação após o escândalo contábil reportado pela companhia no mês passado, quando descobriu “inconsistências em lançamentos contábeis” da ordem de R$ 20 bilhões.
A notícia deixou o mercado em polvorosa e fez com que o então presidente da companhia, Sergio Rial, e o diretor de relações com investidores, André Covre, deixassem a empresa menos de 10 dias após serem empossados.
A empresa entrou com pedido de recuperação judicial, que foi aceito no mesmo dia pelo juiz Paulo Assed Estefan, da 4ª Vara Empresarial da Comarca do Rio de Janeiro. A empresa está, agora, no chamado “prazo de blindagem”, um período de 180 dias no qual todas as suas dívidas ficam suspensas.
Ainda em janeiro, a companhia pediu, nos Estados Unidos, a extensão do pedido de proteção contra credores, para suspender os pagamentos devidos naquele país.
Esta semana, a empresa encerrou o serviço de vendas por telefone e interrompeu uma série de contratos com fornecedores terceirizados, e pediu à Justiça que as concessionárias de energia e telecomunicações fiquem impedidas de suspender os serviços prestados às Americanas – que atrasou seus pagamentos às mesmas.
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Fonte: G1