Ações da Oi caem 20% após companhia pedir proteção contra credores
2, fevereiro 2023
Segundo a empresa, o pedido, que está em segredo de justiça, visa a suspensão da exigibilidade de certas obrigações Logo da Oi visto em loja de São Paulo
Paulo Whitaker/Reuters
As ações ordinárias da Oi registravam queda expressiva nesta quinta-feira (2). Perto das 10h50, os papéis cediam 22,8%, cotadas em R$ 1,82, enquanto as preferenciais desvalorizavam 19%, a R$ 4,11, as maiores quedas no mercado durante o início da sessão desta quinta-feira (2).
O movimento acontece após a empresa confirmar que entrou com pedido de tutela de urgência cautelar na Justiça do Rio de Janeiro, no contexto das discussões e tratativas com credores da envolvendo uma potencial renegociação de certas dívidas.
Segundo a Oi, o pedido, que está em segredo de justiça, visa a suspensão da exigibilidade de certas obrigações, para proteção do seu caixa a continuidade das negociações com os seus credores de forma equilibrada e transparente.
O documento, obtido pelo Valor, aponta que a Oi tem dívidas financeiras de R$ 29 bilhões, com os advogados afirmando que a estrutura de capital permanece insustentável mesmo após o processo de recuperação judicial.
A Oi vinha negociando a reestruturação de sua dívida, mas não conseguiu chegar a um acordo final com seus principais credores financeiros.
Entenda
A operadora de telefonia Oi pediu na quarta-feira (1) uma liminar que a proteja de credores com os quais soma dívidas de cerca de R$ 29 bilhões, incluindo bancos e detentores de títulos. O pedido foi protocolado na 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro.
A medida pode ser um passo antes de um novo processo de recuperação judicial da companhia, e vem após a Oi sair de um processo de recuperação judicial em dezembro do ano passado.
A empresa argumenta que tentou chegar a um acordo com os credores para refinanciar sua dívida, mas até agora não obteve sucesso.
A Oi disse que não pode pagar R$ 600 milhões devidos aos detentores de títulos em 5 de fevereiro, o que desencadearia a aceleração de quase todas as dívidas financeiras da companhia.
Fonte: G1