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Sejusp promete alterações e apela para CRM liberar exames de corpo de delito na Casa da Mulher

31, maio 2023
Deam

Exames no local foram suspensos após parecer do CRM impedir presença de médicos em delegacias

O CRM/MS (Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso do Sul) e a Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública), se reuniram, na tarde desta quarta-feira (31), para discutir o funcionamento do Imol dentro da Casa da Mulher Brasileira, em Campo Grande.

Na ocasião, o Coronel Wagner Ferreira da Silva, secretário executivo da Sejusp, apresentou o projeto da planta baixa do local, detalhando a divisão dos ambientes e formato de atendimento às vítimas que são ali recebidas.

“Temos uma preocupação em zelar por aquelas que procuram assistência na Casa da Mulher, por isso estamos dispostos a readaptar nossa estrutura para a volta dos atendimentos”, declarou o secretário.

O que diz o CRM?

Segundo o presidente do CRM, José Jailson, toda esta situação causa preocupação à entidade, mas o conselho como autarquia federal precisa fiscalizar as demandas solicitadas e cumprir as obrigações conforme determina o que está preconizado no Código de Ética Médico do CFM (Conselho Federal de Medicina).

“Emitimos o parecer em relação ao fechamento do Imol da Casa da Mulher de forma técnica e conforme a resolução 1635/2002, porém também não ficamos confortáveis, já que entendemos a necessidade de um atendimento mais acolhedor a estas pessoas em situação de vulnerabilidade”, esclarece o presidente do conselho.

casa da mulher
Presidente do CRM, José Jailson, o Secretário Executivo da Sejusp, Coronel Wagner Ferreira e Coordenador-Geral Adjunto de Perícias, Nelson Firmino Junior (Foto: Divulgação/ CRM-MS)

Revisão

Como primeira medida, a Sejusp encaminhará uma solicitação para nova revisão de parecer, apresentando todos os aspectos estruturais e administrativos os quais não foram possíveis ser avaliados pela fiscalização do CRM/MS.

Após a apreciação do documento, será encaminhado ofício ao CFM para que a proposta seja reavaliada em cima das condições atuais, já que resolução foi definida em 2002.

“Entendemos que todos temos interesse nesta pauta e vamos fazer o que for possível para que tenhamos uma resposta rápida e favorável à população. A revisão é o primeiro passo, mas vamos seguir com outras atividades no sentido de fortalecer nossas ações em prol a esta causa”, explica Jailson.

Fonte: MidiaMax