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Ex-senador Waldemir Moka será o novo presidente da executiva do MDB em MS

12, maio 2023
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Nome de Moka seria consenso entre as lideranças do partido no Estado, em vez do deputado estadual Marcio Fernandes

O ex-senador Waldemir Moka deverá ser eleito em agosto para substituir o deputado estadual Junior Mochi no comando da executiva estadual do MDB em Mato Grosso do Sul, com a missão de aproximar o partido do antigo aliado PSDB.

Fontes ouvidas pelo Correio do Estado relataram que o nome do deputado estadual Marcio Fernandes, que também tem o interesse de presidir o diretório do MDB em Mato Grosso do Sul, não teria empolgado as demais lideranças do partido, que acreditam que a escolha mais acertada seria Waldemir Moka.

Além da grande bagagem política adquirida ao longo dos anos no Congresso e de ser uma das lideranças do MDB estadual, o ex-senador tem a seu favor o fato de ser um velho amigo do governador Eduardo Riedel (PSDB), desde antes de ele comandar a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul).

Moka também é próximo do ex-governador Reinaldo Azambuja, atual presidente estadual do PSDB, e tem trânsito livre com o setor produtivo sul-mato-grossense. 

Outro ponto positivo para a escolha do ex-senador é ele ser um homem de confiança do ex-governador André Puccinelli, principal liderança do MDB em Mato Grosso do Sul.

Tais atributos tornam Waldemir Moka a pessoa mais indicada para costurar a velha aliança MDB-PSDB no Estado, pois, apesar do interesse de Marcio Fernandes em ser o presidente estadual da legenda e da aproximação com o ninho tucano, muitas lideranças emedebistas não o enxergam com capilaridade dentro da sigla.

O parlamentar, conforme informações obtidas pela reportagem, não teria uma base forte dentro do MDB e, caso fosse escolhido como presidente, seria um rei sem coroa e cetro, não tendo força nem comando sobre os seus liderados.
 

SEM DENSIDADE

“Ele [Marcio Fernandes] não tem densidade política para o cargo”, disseram as fontes ouvidas pelo Correio do Estado.

Entretanto, é consenso dentro do MDB que o nome de Moka não será imposto. Primeiramente, os filiados buscarão um entendimento em comum, uma composição, para evitar rachas na legenda.

O foco, conforme essas mesmas fontes, será sempre um consenso e uma composição ampla. Além disso, como Waldemir Moka já foi presidente estadual do MDB por duas vezes, conhece todo o rito, e seria natural que o comando lhe fosse repassado novamente.

O MDB tem do dia 27 de maio ao fim de junho para realizar as convenções municipais em Mato Grosso do Sul. No mês de agosto, será a vez da convenção estadual.

Os novos diretórios municipais eleitos enviarão seus delegados para a convenção estadual, que elegerá a nova executiva.
 

REPERCUSSÃO

O Correio do Estado procurou o ex-senador Waldemir Moka para se pronunciar sobre a questão, mas ele preferiu não comentar, delegando ao atual presidente a condução do processo.

O ex-governador André Puccinelli também foi procurado pela reportagem e reforçou que a pessoa que está conduzindo o processo é o atual presidente Junior Mochi. “Eu já sou o presidente honorário, portanto, não serei eu”, limitou-se a declarar.

Já o atual presidente estadual do MDB, deputado estadual Junior Mochi, revelou ao Correio do Estado que o ex-senador Moka se colocou à disposição do partido e tem a confiança das lideranças. “Mas a eleição ocorrerá somente em agosto próximo”, encerrou.

Procurado pelo Correio do Estado, o deputado estadual Marcio Fernandes disse que não estava sabendo dessa definição pelo nome de Moka. “A eleição será somente em agosto, e eu acredito em um diálogo até lá”, afirmou.

Segundo ele, neste momento, o importante é todos terem a mesma direção: de encaminhar a parceria com o PSDB. “É isso que defendo e sempre defendi. Temos de ter humildade e reconhecer que chegou esse momento. Já fomos protagonistas por muitos anos, e hoje são eles [PSDB]. Isso faz parte da política”, reforçou.

Marcio Fernandes também disse que foi o único a acompanhar o governador Eduardo Riedel no segundo turno das eleições gerais do ano passado. “Desde lá, defendo essa aproximação. Acho que se encaminha para dar certo”, finalizou.

Fonte: Correio do Estado