Estado crítico: Superlotação na Santa Casa segue pelo terceiro dia nesta semana
Pronto-socorro da Santa Casa de Campo Grande opera com capacidade muito acima do possível
Normalmente, os corredores de prédios são utilizados para passagem. Em alguns estabelecimentos, são utilizados como local de espera. Na Santa Casa de Campo Grande (MS), a superlotação no pronto-socorro demanda uma nova função e esses cômodos são ocupados por pacientes que recebem procedimentos médicos. Nesta manhã, 24 de maio, 85 pessoas estão na espera na unidade hospitalar.
Boletim divulgado nesta manhã pela Santa Casa aponta que, destes mais de 80 pacientes, 71 estão na área verde, com 42 internados e 29 em observação, e 14 na área vermelha, com 9 internados e quatro entubados. A operação da hospital é muito acima da capacidade: para a área vermelha, o “normal” é a disponibilização de seis leitos, enquanto para a verde, a unidade hospitalar recebe verbas para apenas sete leitos.
Quem passa pelos corredores fica impressionado com a cena. São pacientes com diversos tipos de demanda, como vítimas de acidente de trânsito e procedimentos cardiovasculares. A maioria recebe atendimento, porém, o risco de desassistência é grande.
Este é o terceiro dia útil consecutivo desta semana que a Santa Casa anuncia superlotação na unidade. Ao Diário Digital, a Assessoria de Comunicação da Santa Casa explicou que uma medida adotada para fugir do ponto de colapso é a concessão de alta a pacientes, a chamada “alta acelerada”.
Em nota, o Hospital público reforça que enviou ofício à Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) na manhã de segunda-feira (22) para solicitar apoio para desviar o fluxo de pacientes. Outro ponto em análise pela Diretoria Técnica da Santa Casa é a restrição da entrada de novos pacientes. A medida foi adotada no mês passado, ocasião na qual o Hospital também operava com lotação extrema.
Ontem (23), a Sesau informou em nota que “todos os encaminhamentos estão sendo feitos de acordo com o que é pactuado com o hospital, com exceção dos casos de vaga zero para casos onde é referência”. A Secretaria também explicou que mantém tratativas com os outros hospitais para, caso seja necessário, realizar o remanejamento de fluxo.
Fonte: Diário Digital