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Chuva contribui para extinção de incêndios florestais, mas equipes continuam mobilizadas em todo MS

13, outubro 2024
Chuva contribui para extinção de incêndios florestais, mas equipes continuam mobilizadas em todo MS

Com a chuva que chegou ao Mato Grosso do Sul vários pontos com incêndio florestal no Pantanal e demais biomas – Cerrado e Mata Atlântica – foram extintos, restante apenas um foco ativo e com ações de combate na região de Porto Murtinho, na fronteira com o Paraguai.

Mesmo com a trégua no trabalho de controle e extinção das chamas, a Operação Pantanal continua mobilizada e com importante atuação das 12 bases avançadas que foram instaladas em maio deste ano, em diferentes áreas do Pantanal, para atuar de forma ágil e garantir resposta rápida em áreas de difícil acesso.

O Governo do Estado transmitiu as informações dos combates e também a previsão do tempo para os próximos dias nesta quinta-feira (10), ao vivo pela internet (veja na íntegra no final do texto), no boletim quinzenal da Operação Pantanal 2024. A próxima transmissão está marcado para acontecer no dia 24 de outubro).

Neste semana e também na passada, o Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul atuou em um incêndio de grandes proporções, que teve origem no Estado do Mato Grosso e entrou na região norte de Mato Grosso do Sul. Ele já foi contido.

O trabalho durou 10 dias e contou com 33 militares de quatro bases avançadas (Redário, Santa Mônica, Paraíso, São José do Piquiri, Cristal) mobilizados, além de equipamentos (três embarcações, dois caminhões e quatro caminhonetes) que já estavam disponíveis na região como parte do trabalho preventivo e de preparação desenvolvido durante todo o ano pelo Governo do Estado.

“Em destaque, nós tivemos essa semana o fogo que estava na região do Mato Grosso. Muitas guarnições e militares do Mato Grosso e a Força Nacional atuavam lá. A guarnição da base da Santa Mônica estava monitorando para que o fogo não pulasse, mas no dia que ele chegou, as condições estavam muito severas, e não foi possível a gente segurar que ele passasse para o nosso Estado. Então deslocamos outras quatro bases avançadas e conseguimos controlar esse foco de incêndio”, afirmou o coronel Adriano Rampazo, subcomandante geral dos Bombeiros.

Durante todo o período de atuação na Operação Pantanal, as bases avançadas tiveram papel importante no trabalho de combate e extinção das chamas em áreas de difícil acesso da região pantaneira.

“Devido a ação rápida das bases avançadas, conseguimos controlar o fogo, que não saiu da fazenda Poleiro Grande. E a chuva, desde ontem contribui para a extinção dos focos. A gente está num momento de calmaria, mas não vamos desmobilizar as bases nem os militares. Agora a gente vai se organizar, arrumar nossas viaturas que estão danificadas. Tivemos muito problema de logística, porque a fumaça que veio da Bolívia impossibilitava a decolagem das aeronaves para fazer a manutenção. Então a gente vai aproveitar esse momento para se organizar e se preparar para as próximas fases”, disse Rampazo.

Em todo o Estado, os incêndios florestais foram extintos com o auxílio da chuva, além do Pantanal, nas regiões de Costa Rica, Aparecida do Taboado, Coxim, Pedro Gomes, Sidrolândia, entre outras.

Condiões meteorológicas

O meteorologista Vinícius Sperling, do Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima), explicou que após o período de seca extrema e de recordes históricos de temperaturas no Estado, a chuva mudou o panorama e trouxe alívio, inclusive para a população que sofreu por conta da fumaça e baixa umidade relativa do ar, devido aos incêndios florestais.

“O sistema de baixa pressão atmosférica que se formou no Paraguai, na divisa oeste de Mato Grosso do Sul, e essa circulação favoreceu ontem a formação de chuvas. Os maiores acumulados ficaram na região de Corguinho, acima de 80 mm, Campo Grande acima de 60 mm, porém em Corumbá também teve chuva durante a madrugada que chegou a 26 mm, tivemos alguns acumulados perto de 20 mm em Bataguassu. E no eixo de Coxim, Rio Verde e Sonora algo próximo de 10 mm, e mais para o sul do Estado ficou na faixa de uns 5 a 8 mm. É uma situação diferente do que a gente vinha observando”.

Mas a chegada da chuva não muda a situação da crise hídrica e dos níveis dos rios no Estado.

“A gente continua com a sala de crise hídrica junto com a Agência Nacional de Águas e a sinalização, tanto do monitor de secas como o índice de secas, mostra realmente essa gravidade que foi destacada como a maior crise hídrica passada pelo Estado desde quando iniciamos a medição. E na verdade as chuvas não trouxeram nenhuma solução para a questão da crise hídrica no Rio Paraguai, assim como outros rios, Miranda, Aquidauana, e da Bacia do Paraná também, que se encontra com níveis extremamente baixos, inclusive com retenção de água para a questão da produção de energia elétrica”, explicou o secretário Jaime Verruck, da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação).

Natalia Yahn, Comunicação Governo de MS
Foto de capa: Mairinco de Pauda/Semadesc

Fonte: Agência de Noticias do Governo de Mato Grosso do Sul