PIB do Japão avança 0,4% no 1° trimestre ante 4° trimestre de 2022, acima da estimativa de 0,1%
Economia japonesa cresceu 1,6% em relação ao mesmo período do ano passado; país estava em recessão técnica no final de 2022
O Produto Interno Bruto (PIB) do Japão cresceu 0,4% no primeiro trimestre de 2023 na comparação com o trimestre anterior e 1,6% em relação ao mesmo período do ano passado, informou o gabinete do governo nesta quarta-feira (17).
O consenso Refinitiv esperava uma alta mais modesta, de 0,1%, no crescimento da economia ante o trimestre imediatamente anterior. Para a taxa anual, a estimativa do Centro de Pesquisa Econômica do Japão era de uma alta de 1,1%.
Segundo a agência Kyodo News, o crescimento na comparação anual representou a primeira expansão da economia japonesa em três trimestres, auxiliada pelo forte consumo privado e pela recuperação do turismo receptivo. Segundo explicações de agentes do governo, isso é um sinal de que o impacto da pandemia do covid-19 está diminuindo.
Apesar das leituras mais fortes do que o esperado para o PIB, os dados mostraram que as exportações despencaram e a economia estava em uma recessão técnica no final do ano passado.
“A boa notícia é que a economia estava tecnicamente em recessão no ano passado, mas se recuperou em janeiro-março. Espera-se que o retorno do turismo receptivo apoie a economia mesmo quando esperamos um crescimento lento nas exportações para os Estados Unidos e Europa”, disse à Kyodo News o economista-chefe do Meiji Yasuda Research Institute, Yuichi Kodama.
O consumo privado aumentou 0,6% no trimestre, uma vez que a demanda por carros e bens duráveis foi forte e os consumidores aumentaram os gastos com serviços, como na alimentação fora do domicílio. Foi o quarto ganho trimestral consecutivo.
Já gastos de capital aumentaram 0,9%, auxiliados pelo aumento dos investimentos relacionados a carros, marcando o primeiro ganho em dois trimestres.
Ainda assim, as exportações marcaram a queda mais acentuada em cerca de três anos, obscurecendo as perspectivas para a economia, em meio a aumentos agressivos nas taxas de juros nos Estados Unidos e na Europa, onde os bancos centrais estão tentando conter a demanda para combater a alta da inflação. As exportações caíram 4,2%, enquanto as importações caíram 2,3% por cento.
Fonte: InfoMoney